domingo, outubro 15, 2006

I

Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
é a própria fé o que destrói.
Estes são dias desleais.

Eu sou metal - raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brazão
Eu sou metal: me sabe o sopro do dragão.

Reconheço meu pesar:
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
é a virtude em outras mãos.

Mas minha terra é a terra que é minha
E sempre será minha terra
Tem a lua, tem estrelas e sempre terá.

II

Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei

E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo.

Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.

Olha o sopro do dragão

III

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói

Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir -
Eu quero a espada em minhas mãos.

Eu sou metal - raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brazão
Eu sou metal: me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar -
Tenho ainda coração.
Não aprendi a me render:
Que caia o inimigo então.

IV

- Tudo passa, tudo passará

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer.
Não olhe para trás -
Apenas começamos.

O mundo começa agora -

Apenas começamos.

domingo, outubro 08, 2006




Quando um gato preto cruza seu caminho, é sinal de azar.

Certo?

Então nada mais lógico do que pensar o contrário, quando um gato BRANCO cruza seu caminho.

Certo?

Ceeeeeeeeerrrrto !

sábado, outubro 07, 2006


Alguma noite aí pra trás, eu tive um pseudo-sonho.

Estava numa sala estranha, parecia uma academia que treinei aos 12/14 anos, e eu tinha uns 6 anos de idade novamente, algo me olhava nessa sala escura, com névoas escuras.

Andava vagarosamente, quase dançando e rebolando ao meu redor. Era tenebroso malvado, pálido, feminino e sombrio...é como consigo descrever-la.

Sussurrava coisas ruins, que me recuso lembrar. Queria me mostrar algo, algo que ela poderia fazer, algo maléfico. Então ela sumiu na névoa escura e me deixou lá, esperando pelo que ela queria me mostrar.

Então sinto uma pressão no meu braço. Ela estava me mordendo, mordendo o meu punho esquerdo, mordendo forte. E eu estava com medo, muito medo, mas não demonstrava. Sabia que era mais forte do que aquele mau, sabia que podia surpreendê-lo com toda minha fé e coragem.

De repente me veio as palavras de Jack, algo como:

“ ..deixe o medo entrar, tomar conta de você e fazer o que ele tem de fazer rápido, depois tome o controle novamente.”

Então achei oportuno despertar a presença de Deus que existe dentro de mim para mostrar para todo o mau que nem eu, nem ninguém na minha vida ou próximo de mim será refém dele.

Quando me mordeu, “aquilo” teve que ter CORAGEM para se aproximar de mim. Agora estava próximo o bastante para ver meus olhos. Levantei meu punho e coloquei-o bem próximo da minha face, com o olhar sereno de um menino com menos de 6 anos de idade, próximo o bastante para sentir meu hálito quente e vívido em sua pele mórbida e pálida.

Próximo o bastante para me escutar, pois falei baixo:

“ Não existe nada que você possa fazer à mim, ou à qualquer um próximo de mim.

Vai embora...”

Então acordei.

Abri meus olhos na cama calmamente e nem mudei de posição. Na cama ainda me lembrei do pseudo-sonho e isso me enfureceu. Tinha certeza que alguém naquele momento, ou em algum momento, desejou tão mau a mim, ou a qualquer um próximo de mim, que isso tomou forma em meus sonhos para me ameaçar. Para zombar de mim e como um vilão, dizer o que pode fazer, mesmo sabendo que vai fracassar, apenas para afrontar.

Eu consigo voltar aos meus sonhos quando quero. Então voltei para dizer poucas e boas praquela “coisa”.

Quando voltei, era uma sala branca, e “coisa-afeminada” parecia um Pirrot de preto e vermelho, com sua cara branca, com pinturas típicas de Pirrot. Ele agora saltitava ao meu redor, com olhar indiferente.

Cheguei tão perto quanto antes, colei minha face com a dele, ainda havia medo mas não tinha mais seis anos.

Lhe disse que “aquilo” não me afeta, e nem eu, nem as pessoas próximas de mim, posso ser tocado por “ele”. Porque somos protegidos e servimos ao Deus Pai Todo Poderoso, Criador do Céu, da Terra, e de todas as coisas, inclusive dele. E que por isso ele não poderia nos afetar.

Vi nos seus olhos que ele sabia disso, mas a fantasia de pirrot refletia meus sentimentos, como um palhaço, ele estava imitando minha indiferença diante ao que ele poderia fazer comigo, para não revelar seus verdadeiro sentimento. Mas nos seus olhos vi que ele sabia que o que eu disse era verdade.Seus olhos refletiam um brilho que acusava o lamento.

O lamento da impotência.

Ele não pode me afetar,ou á qualquer um próximo e querido.

Seu poder é insignificante perto daquele pelo qual eu vivo (conheça-se: DEUS PAI TODO PODEROSO).

Então, certo de que o recado foi compreendido, consegui dormir tranqüilamente ate 12:35 do outro dia.

Eu sei que existem pessoas que desejam o mau para mim, para meus irmãos, e para minha mãe. Tem pessoas que nos invejam, que nos observam de longe, juntamente com os urubus.

Mas eu me mantenho firme e deixo que eles atirem suas pedras, tomates, bosta, qualquer merda em mim. Porque acredito que se eu me manter de pé, e continuar a minha busca, mantendo meu sonho e meu amor pelas pessoas vivo – Vivo- VIVO , mais cedo ou mais tarde, perceberão que tanto eu, quanto as pessoas que tem meu amor e minha amizade, somos imunes a qualquer mau.

Então eles poderão enfim começar a se arrepender sinceramente de todo o mau que desejaram e fizeram conosco e alcançar a misericórdia divina.

Que Deus esteja com vocês, e com eles.